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Doação de Imóveis com Holding Familiar: Como Evitar o ITCMD Abusivo e o Inventário

  • Foto do escritor: cassio bezerra
    cassio bezerra
  • 31 de jul.
  • 3 min de leitura


A doação de bens em vida é uma prática cada vez mais buscada por famílias que desejam antecipar a sucessão e evitar o desgastante processo de inventário. No entanto, quando realizada de forma direta ou seja, da pessoa física para os herdeiros a doação de imóveis pode envolver custos elevados com ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação), além de exigências cartorárias, escritura pública e registro individualizado de cada bem.


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A solução para esse cenário está na holding familiar, que permite estruturar a doação de forma planejada, segura e, sobretudo, com eficiência fiscal. Neste artigo, vamos explicar como utilizar a holding para realizar doações de imóveis, reduzir o ITCMD e eliminar a necessidade de inventário, sem abrir mão da proteção e do controle patrimonial.


O Problema da Doação Direta: Custos e Burocracia

A doação de imóveis diretamente em nome dos herdeiros exige:

  • Lavratura de escritura pública de doação, com todos os dados do bem;

  • Recolhimento de ITCMD sobre o valor de mercado do imóvel;

  • Registro da escritura no cartório de registro de imóveis;

  • Um processo individual para cada bem, o que pode gerar custos altos e fragmentação da propriedade.


Além disso, a depender do estado da federação, o ITCMD pode atingir 8% sobre o valor venal do imóvel, com possibilidade de aumento para alíquotas progressivas (já discutidas em propostas legislativas que preveem até 21% em certos casos).


A Solução: Doação de Quotas com Holding Familiar

Na estrutura da holding familiar, os imóveis são transferidos para a empresa como integralização de capital social, e os herdeiros recebem quotas da empresa, não os imóveis diretamente.


Assim, ao invés de doar o bem individualmente, o titular do patrimônio pode doar as quotas da holding, o que oferece vantagens importantes:


1. Redução da Base de Cálculo do ITCMD

  • O ITCMD incide sobre o valor das quotas da empresa, e não sobre o valor de mercado dos imóveis individualmente.

  • Como o valor das quotas pode ser definido com base em avaliações contábeis e critérios técnicos, a base de cálculo do imposto tende a ser inferior ao valor venal ou de mercado dos imóveis.


2. Facilidade na Doação

  • A doação de quotas é feita por instrumento particular ou escritura pública, com registro apenas na Junta Comercial e não em cartório de registro de imóveis.

  • Dispensa registros individualizados e reduz a burocracia de forma significativa.


3. Economia Real com Planejamento

  • É possível escalonar a doação, aproveitando isenções ou faixas de alíquota reduzida previstas em legislação estadual.

  • A holding permite a doação com cláusulas restritivas, como:

    • Usufruto vitalício (mantendo o controle e os rendimentos);

    • Inalienabilidade (impede a venda sem autorização);

    • Impenhorabilidade (protege contra dívidas dos herdeiros);

    • Incomunicabilidade (exclui a quota da partilha em eventual divórcio).


Exemplo Comparativo: Doação Direta x Doação via Holding

Cenário 1 – Doação Direta João deseja doar dois imóveis avaliados em R$2 milhões para seus filhos. Na doação direta:

  • O ITCMD pode chegar a R$ 160 mil (8%);

  • Cada imóvel exigirá escritura pública e registro cartorial;

  • Os filhos passam a ser coproprietários dos imóveis, com necessidade de concordância para venda, uso e administração.


Cenário 2 – Doação via Holding João integraliza os dois imóveis no capital social de uma holding. Em seguida:

  • Doa quotas equivalentes a 100% do valor da empresa;

  • O ITCMD incide sobre o valor das quotas, que pode ser ajustado por critérios contábeis e avaliado em R$ 1,2 milhão (por exemplo);

  • O imposto devido é reduzido (até R$ 96 mil);

  • João mantém o usufruto e controle da administração dos bens, mesmo após a doação.


Vantagens Estratégicas da Doação via Holding

  • Evita o processo de inventário;

  • Reduz custos tributários e cartorários;

  • Permite planejamento sucessório estruturado e com controle do titular;

  • Garante proteção contra dilapidação patrimonial, divórcios e dívidas de herdeiros;

  • Facilita o ingresso de novos sócios e herdeiros de forma ordenada.


Conclusão

A doação de imóveis por meio de uma holding familiar é uma alternativa mais econômica, menos burocrática e juridicamente mais segura do que a doação direta. Além de reduzir o ITCMD de forma lícita, essa estrutura evita o inventário e garante a preservação do patrimônio familiar ao longo das gerações.


Com o suporte jurídico e contábil adequado, a doação via holding transforma um processo oneroso em uma estratégia inteligente de sucessão patrimonial e proteção de bens.


Você pretende fazer doações em vida e evitar o inventário?Converse com nossa equipe e descubra como estruturar sua holding familiar com segurança e economia.


 
 
 

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